quinta-feira, 12 de julho de 2007

Aaaahhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!

Imaginem que vocês estão em um lugar bem tranqüilo, ouvindo sons agradáveis da natureza, como um rio correndo ao longe, folhas e flores balançando ao vento, um ou outro pássaro cantando. Nesse cenário, você está sentado na varanda daquela casa que você sonhou, com a companhia que você sempre desejou. Tudo mais que perfeito quando, de repente...

Aaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!

Um grito gutural, fantasmagórico, horripilante, desesperado e desesperador.

Já experimentou essa situação? Não? Pois se não quer passar por isso, não faça obras em casa. PQP!!! Eu caí nessa armadilha. “Pô, mas fazer a obra não é uma escolha?” Sim e não. Porque, sempre que você resolve fazer uma obra, acontecem duas: a primeira, claro, aquela que você planejou. A outra...

Vou falar da primeira, a escolhida. Você decide melhorar o lugar que você vive e escolhe pisos, tintas, metais etc, etc, etc. É cansativo porque você visita um monte de lojas pra fazer orçamento, fica na dúvida sobre o material que vai utilizar, o quê combina com quê. Pra tudo isso há um planejamento para o qual há uma verba, uma dotação orçamentária (termo lindo, principalmente em época de votação da LDO, Renans e Roriz). Além disso, pedreiro contratado, preço chorado, prazo combinado.

Quando começa a obra, em compensação... Depois de dois ou três dias, você já fica apavorado só de ouvir o telefone tocar. “Gustavo, é o Emerson meu querido. To precisando falar com você, esqueceu de comprar...” Aqui, é bom deixar claro que a expressão ‘esqueceu de comprar’ pode ser substituída por ‘vai precisar’, ‘veio errado’ ou qualquer uma que possa significar “deu merda!”.

(Aproveito para pedir desculpas aos amigos e 3 ou 4 leitores que passam por aqui, pelo palavrão. Eu sei que o espaço é familiar, mas tem horas que só um palavrão expressa realmente a situação. Obra é um caso desses e como, provavelmente, devo voltar ao assunto mais cedo ou mais tarde, já me penitencio antecipadamente.)

A verdade é que, por pequenos detalhes, tudo corria razoavelmente bem lá em casa até a visita da CEG. Verificaram e constataram que a tubulação de gás está entupida e, pela idade da criança (pouco mais de 50 anos), provavelmente vou ter que quebrar tudo porque – se tentar desentupir – há o risco de explodir toda a tubulação do prédio. Não é um espetáculo?
E o que é tudo? Tudo é o prédio, a casa do vizinho e o apartamento abandonado ao lado do meu. Se quebra, tem que refazer. Ou seja, material e mão-de-obra, fora o atraso. Enfim, tô fud...... Então, meus amigos, se ouvirem falar que ‘está lá o corpo estendido no chão’ e o corpo for o meu, não se assustem. Podem avisar a polícia que não precisa nem investigar. A assassina é a obra.

Um comentário:

Unknown disse...

Guto,

Não és o único neste martírio. Quando resolvi trocar a pia do meu banheiro acabei reformando o quarto da vizinha. Isso porque o imbecil do bombeiro acertou o meio do cano quando tentava me agradar instalando o porta papel higiênico...
Beijo e saudade